28.9.04

AFP: TOP 30 ARTISTAS - SEMANA 39/2004

No top semanal de vendas da AFP encontramos 11 projectos musicais nacionais nos 30 primeiros.

5º RE-DEFINIÇÕES (OU) - DA WEASEL (CAPITOL/EMI-VC)
6º VAGABUNDO POR AMOR (P) - TONY CARREIRA (ESPACIAL/ESPACIAL)
9º FADO CURVO (P) - MARIZA (VIRGIN/EMI-VC)
12º CINEMA (PR) - RODRIGO LEÃO (COLUMBIA/SONY MUSIC)
15º OLHAR EM FRENTE (OU) - BETO (FAROL MÚSICA)
19º ESQUISSOS (OU) - TORANJA (POLYDOR/UNIVERSAL)
22º O MUNDO AO CONTRÁRIO (OU) - XUTOS & PONTAPÉS (MERCURY/UNIVERSAL)
23º UM AMOR INFINITO (OU) - MADREDEUS (CAPITOL/EMI-VC)
24º OURO E PLATINA - MARCO PAULO (EMI/EMI-VC)
28º MESA - MESA (VIRGIN/EMI-VC)
30º GUITARRA, O MELHOR DE (P) - CARLOS PAREDES (EMI/EMI-VC)

(PR)-Prata (OU)-Ouro (P)-Platina (2P)-Dupla Platina (3P)-Tripla Platina

Dados: AFP/Copyright AC Nielsen Portugal

23.9.04

E eu quero lá saber...

... se vou desagradar a uma vasta maioria que pensa diferente. Não me aborrece nada porque querer ser politicamente correcto (o que é diferente de o ser) é das piores coisas que existem neste país saloio em costumes e avançado em demagogia cultural. Patrocinar filmes que ninguém vê é cultura, cobrar 19% de IVA nos discos portugueses está correcto porque é indústria. Alguém acredita nisto?
Se afirmar que qualquer pessoa estará melhor preparada a exercer uma tarefa caso receba formação adequada penso que estarei a ser consensual. Quem tem formação está melhor preparado. Sem dúvida. Contudo, não quer isto dizer que o talento inato não possa existir e um carpinteiro ser mesmo bom, sem ter tido aprendizagem na oficina do mestre (que havia sido ensinado por quem?) ou na escola profissional.
Na música, passa-se o mesmo: qualquer pessoa preparada estará mais apta, mas, isto não significa que quem tire um Conservatório seja melhor apreciador e conhecedor do que outro que não o frequentou. Quantos de nós conhecem gestores que pouco percebem de gestão, levando empresas a situações difíceis ou de falência? E quantos profissionais que trabalham com números não possuem formação académica para tal? Sem citar os milhares de casos musicais e continuando na área de negócios, António Champalimaud – o homem mais rico de Portugal - não era licenciado e isso não o impediu de chegar onde chegou.

Temos, depois, os outros casos. Aqueles em que os próprios profissionais, não “certificados academicamente”, decidem aprofundar as coisas na escola. Recordo Jorge Palma, cujo Conservatório realizou já depois de ser consagrado.
Resumindo, uns tiram curso, outros não, uns são bons, outros maus, mas, ter mais conhecimento nunca fez mal a ninguém. Por isso, algumas discussões parecem-me mais divagações filosóficas do que passos em frente no campo minado da música portuguesa.

Tirar cursos formais/informais pode limar arestas ou permitir uma entrada planeada em outros ambientes. Porém, por si só, não geram criadores de excepção. Considero o génio criativo inato. Existem uns que nascem com o talento de transformar o que tocam em ouro e outros que, por mais que se esforcem, não passam da mediania. É assim a vida, na música e na venda de tremoços. Uns são bons e outros nem por isso!

Ouvir muita música e ler muito sobre tudo é muito bom - todavia, não chega. Um factor que penso essencial e que rebate muita retórica de gabinete é a importância de viver o terreno da música ao vivo, da sala de ensaios, das garagens bafientas ou dos estúdios de gravação. Cheirar o pó da estrada, mergulhar nos décibeis dos concertos, na azáfama de uma noite de concerto, nos íntimos momentos que ocorrem no backstage e no esplendor da madrugada tornam as ideias mais claras com o cérebro a dar e a receber proporções idênticas do “sentir a música”, do “debater a música”, do “querer sempre mais e melhor”.
Não se iludam que não digo que o rosa é a cor dominante! Todos sabemos das rasteiras que se levam, do “xico esperto” que sempre lá estará, dos jantares de frango até rebentar, da exploração, etc, etc.
Mas, mesmo assim, estar nos meandros do concerto ao vivo, sendo desgastante e cansativo, é recompensador ao ponto de se ficar “viciado”.
Juntando dinamite ao incêndio, direi que quem não vive a música ao vivo pouco percebe do panorama musical deste País.


[Voltando à questão da aprendizagem e da formação musical, devo afirmar, com toda a convicção, que onde ela é absolutamente vital é na escola. Desde a pré-primária ao secundário, o ensino da música poderia fazer maravilhas por dentro. Ter educação musical nas escolas devia ser tão natural como beber água e aprender português. Não o é, assim como não é natural fomentar as artes no nosso sistema de ensino. Está errado e paga-se caro. O ouvinte não é um bom ouvinte, nem o espectador tem grande apetência pela representação. Por isso é que temos “actores” formados em agências de modelos e ninguém se chateia, nem aborrece. Porque, afinal, têm umas carinhas bonitinhas, enquanto os verdadeiros actores muitas vezes morrem de fome e de desespero...]


Luís Silva do Ó

22.9.04

Um ano depois

O grito de nascimento deste blogue já foi há um ano e, apesar de ter sido chutado por mim, não me sinto pai solteiro. Este é um filho com carradas de pais e mães!

No meio do frenesim desta novidade cibernética, o meu grande amigo João Pedro Rei criou um blogue e eu, movido pela curiosidade, decidi criar este... só para ver como era e apagar depois. Nasceu assim o canalmaldito, em tons de brincadeira e só para ver como funcionava. O meu amigo lixou-se porque ficou com a administração informática da cena! :)

Pouco tempo passou entre a brincadeira e a realidade do novo vício da rede. O blogue foi crescendo e entraram mais viciados no confronto das palavras e das ideias. Num ano, muitos debates foram acontecendo e muita tinta virtual foi derramada.

A guerra fria a que se assiste entre alguns sectores da indústria musical fez disparar os comentários e muitos fogos foram apagados com pólvora. Não chegámos a tribunal, porém, andámos perto com ameaças. Olhando para trás, não deixo de ficar espantado com estes 365 dias e mais de 30.000 visitantes, mas, o defeito deve ser meu, ou não se chamasse este blogue “Canal Maldito”!

Novas aventuras, neste mar de blogues, se esperam para breve. Álvaro Costa (Via Rápida) prepara um encontro informal a ocorrer no Porto, restrito às áreas de espectáculo, pop, cultura, artes, onde se faça o ponto da situação e se discuta o futuro desta nova área de comunicação. A dinâmica adivinha-se boa e promissora, o interesse comum é efectivo e partilhado pelo canalmaldito. Para qualquer informação/inscrição sobre o encontro podem escrever para bloguedogg@yahoo.com.



Um abraço a todos,
Luís Silva do Ó

21.9.04

AFP: TOP 30 ARTISTAS - SEMANA 38/2004

No top semanal de vendas da AFP encontramos 11 projectos musicais nacionais nos 30 primeiros.

3º VAGABUNDO POR AMOR (P) - TONY CARREIRA (ESPACIAL/ESPACIAL)
6º RE-DEFINIÇÕES (OU) - DA WEASEL (CAPITOL/EMI-VC)
8º FADO CURVO (P) - MARIZA (VIRGIN/EMI-VC)
9º CINEMA (PR) - RODRIGO LEÃO (COLUMBIA/SONY MUSIC)
14º ESQUISSOS (OU) - TORANJA (POLYDOR/UNIVERSAL)
15º OLHAR EM FRENTE (OU) - BETO (FAROL MÚSICA)
17º O MUNDO AO CONTRÁRIO (OU) - XUTOS & PONTAPÉS (MERCURY/UNIVERSAL)
21º ANTOLOGIA (2P) - MADREDEUS (EMI/EMI-VC)
22º OURO E PLATINA - MARCO PAULO (EMI/EMI-VC)
24º UM AMOR INFINITO (OU) - MADREDEUS (CAPITOL/EMI-VC)
28º GUITARRA, O MELHOR DE (P) - CARLOS PAREDES (EMI/EMI-VC)

(PR)-Prata (OU)-Ouro (P)-Platina (2P)-Dupla Platina (3P)-Tripla Platina

Dados: AFP/Copyright AC Nielsen Portugal

20.9.04

Disco: Yellow W Van – Ninguém faz Filmes de Olhos Abertos (Mercury/Universal)

Os Yellow W Van são uma das mais consistentes bandas Hip-Hop/Funk/Rock Portuguesas. A bateria sólida e exemplarmente executada por Fred, acompanhada pelo excelente baixo do Rui dão a este grupo da margem sul a alma que falta à maior parte dos projectos nesta área. A orgânica deste trabalho completa-se com o power, umas vezes funk outras pesado das guitarras de Fruntxas e Tomé. A raiva não (e muito bem!) contida pelo Ruas e o Manzk nas vozes completam esta banda que assim transmite as suas preocupações sociais e politicas. Concordo em tudo com vocês pessoal…
Neste “Ninguém faz filmes de olhos abertos” desfilam boas melodias, muito groove, mensagens que se querem (porque é mesmo preciso dizer aquilo que se pensa!). Revejo neste trabalho aquilo que penso em relação à sociedade Portuguesa e mundial. O mundo não está bem, Portugal ainda está pior… é preciso mudar!
Ainda não vi os Wellow W Van ao vivo (foi-me mesmo impossível estar presente no lançamento do disco no Santiago Alquimista), mas a coisa promete! Assim que tiver uma oportunidade lá estarei!
Se gostares de Hip-Hop/Funk com as guitarras a berrar! Compra urgentemente este disco porque não sabes o que andas a perder!
Força!


António Côrte-Real



Contactos:

Site – www.yellow-w-van.net

Editora – www.universalmusic.pt

Concertos – maismusica@netcabo.pt ou 21-3844439/43

7.9.04

AFP: TOP 30 ARTISTAS - SEMANA 36/2004

No top semanal de vendas da AFP encontramos 12 projectos musicais nacionais nos 30 primeiros.

3º VAGABUNDO POR AMOR (P) - TONY CARREIRA (ESPACIAL/ESPACIAL)
6º RE-DEFINIÇÕES (OU) - DA WEASEL (CAPITOL/EMI-VC)
9º CINEMA (PR) - RODRIGO LEÃO (COLUMBIA/SONY MUSIC)
10º FADO CURVO (P) - MARIZA (VIRGIN/EMI-VC)
13º ESQUISSOS (OU) - TORANJA (POLYDOR/UNIVERSAL)
14º OURO E PLATINA - MARCO PAULO (EMI/EMI-VC)
16º O MUNDO AO CONTRÁRIO (PR) - XUTOS & PONTAPÉS (MERCURY/UNIVERSAL)
17º OLHAR EM FRENTE (OU) - BETO (FAROL MÚSICA)
22º UM AMOR INFINITO (OU) - MADREDEUS (CAPITOL/EMI-VC)
24º TA LAAA?... O MELHOR DE - RAUL SOLNADO (EMI/EMI-VC)
27º BAILE DE VERÃO (OU) - JOSÉ MALHOA (ESPACIAL/ESPACIAL)
29º A CABRITINHA (OU) - QUIM BARREIROS (ESPACIAL/ESPACIAL)

(PR)-Prata (OU)-Ouro (P)-Platina (2P)-Dupla Platina (3P)-Tripla Platina

Dados: AFP/Copyright AC Nielsen Portugal

2.9.04

Sangue, suor e lágrimas.

Stressei com o patrão e ele quase que me despediu por eu ter de sair à hora para ir dar um concerto numa sexta-feira à noite em Grândola. Fui a acelerar para o alentejo. A minha namorada carregou o amplificador e a guitarra, sozinha, e foi andando mais cedo. Dei o concerto e regressei ainda com mais stress. Fui trabalhar o fim de semana todo para segurar o emprego. O Toninho ligou-me e em 3 dias tive que fazer uma versão de uma música dos UHF, preparar uma banda e gravá-la em estudio. Entretanto ganhei uns prémios internacionais de publicidade, a coisa acalmou com o patrão, preparei a festa, fiz os convites e casei-me. Fui de lua de mel e uma semana depois já o trabalho não me largava com fins de semana agarrado a livros e a programas de computador. Nos intervalos escrevia umas coisas. Enquanto fazia um bacalhau no forno tocava guitarra mas não falava francês, escrevia mais umas letras soltas. A namorada, entretanto já esposa, jogava playstation e queimava tempo. Os 3 litros de Jack Daniels vindos de Andorra esgotaram com as noitadas em frente à mesa de mistura caseira. No dia seguinte trabalhar era um suplício. Mas tinha de ser. O António Manuel Ribeiro ligava a dizer que tinha umas primeiras partes de UHF para fazer. Óptimo, mesmo sendo a um domingo. Acaba o espectáculo e regresso a casa às 3h30 da manhã. Às 9h30 já estava a trabalhar novamente. Escrevo um contrato à pressão e envio por fax para a organização de um concerto. Mais uma série de telefonemas para acertar as coisas, uns emails com o logotipo da banda para os cartazes e está tudo tratado. Entretanto é preciso falar com o pessoal para alugar uma carrinha. Mais uma semana lixada com 4 campanhas e 10 filmes para fazer. Despedida de solteiro no fim de semana seguinte com bebedeiras de sexta a domingo. O casamento do meu amigo é no sábado ao meio-dia e na sexta-feira tenho um concerto em Castelo de Vide. Vou dormir 4 horas e correr para o alentejo para estar a horas de assistir à cerimónia. Provavelmente no Domingo terei de ir trabalhar. Mas está tudo bem. Seja como for, nestes dois meses aqui representados já foi possível criar 14 novos temas para os k2o3, que irão fazer parte do novo disco, a sair no início do ano. Sinceramente é muito difícil arranjar tempo para a música quando não se depende dela. Mas a paixão que se tem por tudo isto, por querer fazer mais, por desejar subir para cima de um palco e mostrar às pessoas aquilo que mais gostamos de fazer, vale o sacrifício. Quase que me esquecia de dizer: não ganho dinheiro nenhum com isto. E como é simples algumas pessoas destruirem o trabalho de quem dá tudo o que tem, só porque estão à frente de uma editora e nem se dão ao trabalho de querer ouvir, só porque escrevem num jornal e como não gostam dizem que é mau, só porque trabalham numa rádio e a política da rádio não permite que passe. Mas também não será isso que me irá fazer baixar os braços, nem a mim nem a todos aqueles que continuam a sonhar, a acreditar de que é possível mudar alguma coisa.
Estamos vivos.

Ulisses

1.9.04

In Vivo: Paredes de Coura - Take III

Mais um dia de Festival. Paredes de Coura, 2004. Mais um dia, que não é simplesmente "mais um" dia. Não só é o meu último dia de Festival, como é de alguma forma, aquele que mais expectativas me incita.
O dia corre calmo e sereno... O pessoal continua a fazer-se passear pelo cenário quase bucólico, preenchido de ar pasmacento, depois de noites agitadas sucessivas... À tarde, arrastam-se as pernas, mas mal o sol se põe, as baterias começam a dar sinais de recarregamento e a euforia faz-se notar nos olhares ansiosos e animados...
A banda que abre esta noite é Wray Gun. A formação nacional, liderada pelo front-man, Paulo "Legendary-Gun" Furtado, entra de mansinho, acompanhada pelo coro Godspell. Uma apresentação quase discreta que não deixava adivinhar o espectáculo que se ia seguir! A euforia dos blues, num cocktail com rock-soul-roll!!! A frenética e espontânea coreografia de um Show Man (com letra grande!) no seu melhor! O público assistia entre o atónito e o fervilhante, enquanto as músicas se sucediam, num crescendo, que terminou com Paulo Furtado de guitarra em punho nos braços do público, entre autógrafos e apertos de mão, entre abraços e palmas nas costas, entre gritos histéricos e assobios de quem se sentia entre "estrelas"! Os Wray Gun não só foram a banda nacional que se destacou, mas foram a banda que melhor performance apresentou. Entre nacionais e internacionais!! A confirmação de que a fasquia "cá dentro" está ao nível do que se faz lá fora, e que mais do que nunca, o argumento "ser português" não serve de desculpa nem a bandas, nem a públicos!! E por aí fora...
Por muito bom que fosse o que viesse a seguir, a imagem da "nossa" banda impunha-se na memória ainda fresca... E o tempo que demorou até "Mark Lanegan Band" subir ao palco não foi o suficiente para dissipar o entusiasmo que se instalara!... De tal forma, que o ambiente pesadamente intismista que se debruçou com a noite, não conseguiu envolver todos... muitos até se teriam esquecido, da curiosidade de ver a nova apresentação de um dos responsáveis dos Queen of the Stone Age. Mas, aqueles que conseguiram apanhar aquela nova onda, tiveram o prazer de balancear até à profundidade oceânica de uma voz hipnotizante. Mark Lanegan não falou uma palavra, e a estática do seu corpo chegava a ser comovedoramente dolorosa... Quase como se o mais infímo gesto pudesse quebrar aquele "cristal" que ganhava forma no palco e tentava abraçar o recinto, o mundo inteiro... A única palavra, foi no fim, um "obrigado", que não deixou adivinhar qualquer traço da identidade, qualquer emoção, da pessoa que abandonava o palco. Não foi "distante", mas não foi "sedutor"! Era preciso dar, entregar-se completamente, para poder sentir as moléculas vocais "bluesy" trespassarem cada célula do epitélio, até render o corpo a um estado de quase anestesia. Mais um grande concerto!
The Kills! A demora até o início do espectáculo conseguiu impacientar o público ao ponto de "estragar" alguma da predisposição para um espectáculo que prometia ser no mínimo revelador! Problemas técnicos que pareciam incontornáveis adiavam o descarregar de adrenalina que se transpirava no ar nacarado. Depois de uma partida em falso, o "show" arranca. A cumplicidade dos dois personagens, VV e Hotel, foi a luz predominante de cada tema. A garra de uma voz "colocada" à PJ Harvey, numa "dança" agressiva, entre cigarros e cabelos esvoaçantes... acompanhada pela magreza comum de um companheiro dividido entre a guitarra e as programações... Música crua num palco quente onde a sensualidade é violenta. Faltou deixá-la atravessar o véu transparente do ecrã virtual! But... we danced!!
Para completar a noite, e preencher os mais recônditos e exigentes espaços, Black Rebel Motorcycle Club! Foram tudo, e tudo o resto! Uma presença poderosa de três elementos aparentemente "«vulneráveis". Muita energia a envolver o ar molhado (a chuva caiu em força, a brindar um coroar de uma noite fantástica!), e na lamacice que se reinstalou, a multidão vibrou e esgotou as expectativas! Houve direito a "encore", que terminou num tema quase triste a prometer a melancolia feliz das recordações que ali se imprimiam.
Foi um "grande" Festival, Paredes de Coura! Mais do que "reunião", via-se "união" entre todas as partes que fazem um evento! Podia dizer simplesmente: "ADOREI!"... As tantas outras palavras que me decidi a escrever são a tentativa (tento acreditar que, não vã!) de partilhar os momentos fantásticos que lá vivi, com os que passam por aqui... e, de alguma forma também, guardá-los para mim...

Walkgirl