23.6.07

Especial Trabalhadores do Comércio

O regresso dos Trabalhadores do Comércio em destaque.
Emissão especial do Programa Atlântico de Bruno Gonçalves Pereira, hoje a partir das 21 horas, na Antena Miróbriga.
Conversa conduzida por Luís Silva do Ó.

Para escutar em directo ir a:
http://www.radios.pt
http://www.antenamirobriga.pt

Brevemente disponível em:
http://ooutrolugar.blogspot.com

"A rádio vai morrer muito em breve"

In Diário de Notícias de ontem, disponível aqui.

"A rádio vai morrer muito em breve e só a publicidade é que decidirá por quanto tempo é que ela se mantém". O vaticínio, pessimista, foi assumido quarta-feira ao final da tarde pelo jornalista Luís Filipe Costa durante um seminário na Sociedade Portuguesa de Autores sobre a sobrevivência da rádio, onde estiveram ainda presentes responsáveis como Luis Osório, Luís Montez e António Sala.

O futuro da rádio portuguesa foi o mote do debate e Luís Filipe Costa não foi o único a demonstrar uma visão pessimista sobre o tema. Também Luís Osório, director do Rádio Clube, considerou que a rádio "está numa encruzilhada". E explicou: "por um lado, as receitas publicitárias não param de descer - muito mais se forem vistas à escala da Europa. Por outro, falta a ousadia de pensar que não existem desafios". Para Osório, actualmente, "todas [rádios] se parecem imitar umas às outros".

Luís Filipe Costa argumentou que o estado actual da rádio deve-se "às novas tecnologias, como a Internet ou o iPod". Também António Sala revelou reservas sobre o futuro deste meio de comunicação, mas para o comunicador a televisão é a grande responsável. "A televisão esmaga a rádio, é uma luta desleal", afirmou o comunicador, profissional da Rádio Renascença.

António Sala, que celebra 40 anos de carreira, aponta a criatividade como uma forma das emissoras se afirmarem no mundo da comunicação. "A rádio tem que se ginasticar e reinventar, sempre com imaginação. Tem que haver a capacidade de arriscar, de tropeçar e de não ser politicamente correcto", referiu. O antigo apresentador do histórico Despertar, e que também fez carreira na televisão, disse ainda que a rádio "tem que tornar os seus possíveis inimigos, como a televisão, em aliados".

Luís Montez, proprietário das rádios Radar, Oxigénio e Capital, foi quem fez o discurso mais optimista ao afirmar que, "agora, mais do que nunca, existe um maior número de rádios especializadas num género musical, existe maior variedade". Ao contrário dos restantes oradores, Luís Montez classificou as novas tecnologias como aliadas da rádio. "Com a chegada da Internet, a rádio ganhou imenso", diz, explicando que "os emails vieram estreitar a comunicação entre os locutores e os ouvintes". Isto porque, nos locais onde não existem frequências para determinadas rádios, os ouvintes podem agora acompanhar as emissões na Net.

Luís Filipe Costa deixou claro que "só tornando a ser um espectáculo de som é que a rádio terá um bom futuro". António Sala, apesar das reservas sobre o futuro que se adivinha, rematou com a afirmação: "a rádio não está esgotada".

19.6.07

Estrangeiro manda na música nacional

David Ferreira deixa EMI Music Portugal

E a indústria musical em Portugal segue os caminhos perspectivados em meses de debates neste blogue. O único resistente neste momento chama-se Tozé Brito (Universal).
Por vezes é triste ter razão.

Mais informações

8.6.07

A Marta partiu

Soube no princípio da tarde do dia 7 (feriado) que a Marta Ferreira, manager dos Xutos & Pontapés e irmã do Kalú, sucumbira a um ataque cardíaco. Fiquei a olhar para a mensagem no telemóvel, confirmei-a pouco depois, levou tempo a digerir.
Conheci a Marta e com ela tratei de assuntos que envolveram as duas bandas. Não teço loas de circunstância mas tenho que dizer isto: a Marta era o número cinco da banda, um exemplo de competência, frontalidade e profissionalismo, que me perdoem todos os outros que fazem a grande equipa dos Xutos. Ao Kalú, à família e aos Xutos, o abraço solidário dos UHF. Até sempre Marta.

António Manuel Ribeiro

(In site oficial dos UHF)

7.6.07

O adeus de Marta Ferreira

O blogue Canal Maldito encontra-se em estado de hibernação, porém, tendo ocorrido hoje o inesperado falecimento de Marta Ferreira, irmã de Kalu e manager dos Xutos & Pontapés, não queria deixar de prestar uma pequena e insignificante homenagem. Contactei de perto com a Marta durante o período em que os k2o3 gravaram o seu primeiro CD - editado pela El-Tatu - e realizaram algumas primeiras partes de Xutos.
Tenho dela a visão da manager exemplar e principal responsável pelo ressurgimento da carreira dos Xutos - reporto-me aos tempos seguintes à edição de “Gritos Mudos” (1990) e ao período conturbado que os Xutos internamente viveram.

A última vez que com ela estive pessoalmente foi na noite de 17 de Março de 2006, no decurso do espectáculo da “Febre de Sábado” em Matosinhos. Posteriormente, ainda trocámos alguns emails. Ao Kalú, ao Kabeca, à família e aos Xutos & Pontapés transmito um abraço com o meu profundo pesar.

Marta Ferreira esteve para os Xutos como Brian Epstein esteve para os Beatles.

Eternamente insubstituível.

Até sempre.
Luís Silva do Ó



Dia 8, 6ª feira, a partir das 18h00 na Casa Mortuária da Basílica da Estrela.
Dia 9, sábado, Missa de corpo presente pelas 16h30, saindo depois para o Cemitério dos Olivais.

Morreu Marta Ferreira

Terá sofrido paragem cardíaca
Morreu Marta Ferreira, a agente dos Xutos & Pontapés
07.06.2007 - 18h44 Lusa

A agente dos Xutos & Pontapés, Marta Ferreira, 44 anos, morreu hoje no aeroporto de Lisboa alegadamente devido a uma paragem cardíaca, afirmou à Lusa o guitarrista Zé Pedro.

Marta Ferreira terá sofrido uma paragem cardíaca na altura em que a banda se preparava para partir para o Canadá, onde actuaria no sábado em Toronto.

Segundo Zé Pedro, Marta Ferreira faleceu cerca das 12h00 depois de ter sofrido uma paragem cardíaca numa das casas de banho do aeroporto.

No entanto, as causas exactas da morte só serão conhecidas depois de feita a autópsia no Instituto de Medicina Legal, onde está o corpo da "manager" da banda.

Zé Pedro critica falta de assistência médica no aeroporto

Zé Pedro disse também que Marta Ferreira ainda foi assistida por dois voluntários da Cruz Vermelha e por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica, mas já não foi possível reanimá-la.

"O mais chocante foi a falta de assistência de um aeroporto como este onde não havia hoje um médico nem máquinas de reanimação", acusou o guitarrista.

"Queremos saber se houve negligência ou não e se houve falta de assistência no aeroporto", reforçou o músico.

Marta Ferreira, natural do Porto e irmã do baterista Kalú, era a agente dos Xutos & Pontapés desde o início dos anos 1990.

"Era uma peça fundamental na banda", afirmou Zé Pedro, referindo ainda que os Xutos cancelaram a ida a Toronto e poderão cancelar também os próximos concertos da actual digressão.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1296148