26.7.05

"Walking Things": Me, Navajo&Voltage And A Little But Important Note

As coisas não correm pelo melhor, é um facto! A vida emaranha-se e emaranha-nos nela de tal forma, que nem sabemos bem até que ponto é que decidimos as coisas, ou elas decidem por nós!
Durante muitos e bons tempos fui a “Walkgirl” (sem ser!) até um dia em que decidi (e porque me deram um espaço que senti “casa”!) e acabei por formalizar uma experiência que me parecia demasiado fantástica para “fechar” em mim… Dei uma vida a essa “Walkgirl”! Uma personagem, com os meus sentidos, com as minhas experiências, consciente das minhas emoções e sensível aos meus objectivos!
A música, a música nacional, a percepção de esforços e dificuldades, o convívio com a angústia de tantos talentos era um reflexo ainda mais revoltante no meu silêncio! E por isso, me empenhei neste blogue!
Por isso, apesar de uma ausência tão flagrante de conteúdos, durante um espaço de tempo indubitavelmente excessivo, ainda achei que o esforço de uma tentativa se fazia merecer! E podia criar o meu próprio blogue (à semelhança de tanta gente), e podia simplesmente esquecer e seguir “walking my own way on my own”.
A choice! That is all this is about!

Navajo e Voltage! Maus Hábitos! 23 de Julho, 2005!

Maus Hábitos! Quem conhece sabe que o Maus Hábitos é aquele conjunto de divisões que noutras circunstâncias se diria apartamento. Um T2 ou T3, sei lá! E que no 4º ou 5º andar de um prédio em Passos Manuel, mesmo em frente ao Coliseu do Porto, obriga a um “step” de deixar a arfar aqueles que não gostam de esperar pelo elevador.
Lá em cima, e qual visita a chegar à festa de um ilustre e excêntrico desconhecido, toca-se a campainha e a porta abre-se em frente a um rosto imperturbável. O cartãozinho “habitué” nestas circunstâncias, recorda-nos que estamos num bar! Mas esta ideia depressa se volta a desvanecer… Parece mais que estamos num filme, rodado entre fim dos anos 80, princípio dos anos 90, com gente de uma miscelânea de estilo e de idades, “transeunteando-se” entre este e aquele compartimento, entre o fumo dos cigarros, os sons vadios, as vozes surdas, as ideias eufóricas… uma e outra exposição, copos esquecidos em pequenas pausas, paredes que nos esquecem o mundo lá fora…
A data. A data é a de um Sábado como outro qualquer e que é diferente porque o fazemos diferente, porque o vivemos uma vez, e essa noite (como todas na “noite”) foi mais do dia seguinte do que desse dia.
Navajo… Umas linhas bem abaixo, o meu último texto (que acabou por ficar…) deixa ver um bocadinho do que é Navajo… Podia dizer mais, podia dizer diferente, podia esculpir outra forma de um objecto que em cada olhar é diferente (e não é preciso ser artista para que isto aconteça, é só preciso sentir). Mas não tenho vontade! Talvez também porque a diferença não foi grande, o que acrescentaram não foi suficiente para corresponder às expectativas… O público tem esse poder! E quando a dedicação e o empenho não são recompensados, o espectáculo deixa de ser autêntico para ser mais uma serigrafia.
Voltage… O primeiro concerto que assisto da banda… O som estava com os volumes inflacionados sem dúvida, o que destacou mais ainda o som poderoso que esta formação explora. E tanta banda que anda perdida pelos festivais, distribuindo os sons mornos que ali “would fit much better”, e os Voltage, com uma roupagem que pedia espaço viam a sua música encarcerada… por mais acolhedoras que aquelas paredes possam ser!
O vocalista deambulava envolvente, e a voz conseguia responder a cada acorde com sintonia, ainda que pobre de alguma imaginação… As guitarras enchiam todo e qualquer espaço intermolecular enquanto o baixo dividia a cumplicidade entre os poderosos sons das cordas e os ritmos impostos na bateria.
Faith no More, Queen of The Stone Age,... outros nomes que não lembro foram associados ao nome nacional, por entre impressões que fui auscultando… eu privo-me de comparações. Uma opção apenas.
Voltage são a tradução do próprio nome! Energia, poder, som e movimento! São a transmissão quase física de música e de electricidade! Aceleram e abrandam, abanam apesar de mal levantarem os pés, circulam por entre o rock acelerado e distorcido, onde o timbre filtrado do vocalista se embala ausente…

Foi muito bom reentrar no Maus Hábitos. Foi muito bom rever a heterogeneidade de público da Invicta. Foi muito bom ver palco para bandas nacionais. Foi muito bom confirmar que Navajo têm muito para dar! Foi muito bom descobrir Voltage! Mas… o melhor de tudo foi ter vontade de vestir novamente a “Walkgirl” e partilhar todos estes “muito bons” com o mundo! Mesmo que este mundo venha a ser ninguém, deixei o meu testemunho!




Note: E já que decidi revisitar o Canal Maldito, aproveito para deixar uma mensagem relativa à R.U.M. (Rádio Universitária do Minho)… Foi com muita tristeza que tive conhecimento que decidiram excluir da programação o “A Minha Fender…”, um programa diário dedicado à música nacional! O único consolo (e é sarcástico isto!) é que o público lamenta!!

Walkgirl

8.7.05

A MINHA FENDER É MELHOR DO QUE A TUA... JUNHO

- OS 20 TEMAS MAIS TOCADOS NO MÊS DE JUNHO 2005 -

Na "A Minha Fenther é Melhor do que a Tua!"

* Primitive Reason - Evidência
* Serial - Sê Real* Norton - Swirling Sound (rmx)
* München - Professional
* Sci Fi Industries - Ordinator
* Dead Sea Israel - The Perfect Pop Song
* Loto - Whip My Hips
* The Gift - 11:33
* Massala - Cosmos Espacial
* Expensive Soul com Virgul - Hoo Girl
* Blind Zero - Pressure
* Blasted Mechanism com Maria João - Power On
* Mão Morta - Kayatronic
* Primitive Reason - The Four Brothers
* Da Weasel - Baile (aquele beat)
* Mark Lewis & The Standards - Stay Alive
* Lullabye - Hey Sir
* The Umplayable Sofa Guitar - Dad's Gun
* Complicado - For You to Dance
* Dazkarieh - Nangbar

por: Vitor Pinto 916410666
Apartado 5574750 Barcelos
fenther@tugamail.com fenther.blogs.sapo.pt

A MINHA FENDER... MAIO

- OS 20 TEMAS MAIS TOCADOS NO MÊS DE MAIO 2005 -

* Primitive Reason - Speaker Box
* d3ö - Tell.Me.No.Lies
* Verbal - Formato Skebelai
* Expensive Soul - Falas Disso
* Monstro - Se Não Sabe o que Diz...
* É Mas Foi-se - Coca Cola Billy
* Neon Road - Ghost in a Jar* Gutto - Chokolatt
* Jorge Cruz - O Calor
* Old Jerusalem - O Joy of Seeing You
* Blind Zero - Gasoline Boy
* Blasted Mechanism c/ Dealema - Hand Full of Nothing
* Corsage - Rhymes of Goodbye
* Blind Zero - April Skyes
* Da Weasel - Loja (Canção do Carocho)
* Mesa - No One Knows
* Complicado - Tonight
* Boss Ac - Farto de...
* Teresa Gabriel - Reconnection
* Secrecy - Perfect Isolation

por: Vitor Pinto fenther@tugamail.com fenther.blogs.sapo.pt Apartado 557 * 4750 Barcelos